Era uma vez um moleque gordo que cresceu dentro de um Opala e ficou marcado por isso pelo resto da vida...

domingo, 21 de fevereiro de 2010

First things first

Opa!

Bem, estando as coisas entrando nos trilhos (já tenho o carro, quem faça ele pra mim, possibilidades de resolver aos poucos as mazelas dele), é hora de definir o que fazer e em que ordem.

Carro foi feito pra rodar

Esse é o meu lema. Não adianta ter um bólido lindo, maravilhoso, completamente restaurado e enfiar definitivamente numa garagem, sem uso. Pelo menos um bom passeio semanal você - e ele - merecem, após todo o trabalho que você vai ter. Isso, aliado ao fato de que esse é o meu único carro e vou ter que usá-lo todo dia e sem demora (pelo menos por enquanto, já que vou precisar de um sofredor pro dia-a-dia), me fez pensar da seguinte maneira: não posso e não vou desmantelar o carro todo agora. Me falta espaço, grana, outro carro e até estímulo - se eu o largar desmontado por muito tempo, posso perder o ânimo, e aí é adeus viola. Além do mais, a patroa quer ver o carro andar.

Conversei com o Eduardo e chegamos à seguinte conclusão: mexer primeiro no motor, depois parte elétrica e freios; enquanto isso, vou me virando em um jogo de pneus. Depois, dou uma guaribada na aparência dele, pra não passar vergonha e conseguir licenciar. Aí, e só aí, vou arregaçar mesmo as mangas e deixar o carro do meu jeito - e mesmo assim, por partes, ainda sem desmontar o carro todo de vez.

Motor



Bem, aí está ele; velho, sujo, bagunçado e cheio de trique-trique. A bateria? Tiro e deixo em casa. Nisso que dá não ter garagem em um bairro de reputação questionável: só assim os amigos do alheio não levam o carro nem afanam a bateria. Viram as áreas assinaladas? Pois é, a mangueira superior do radiador já está trocada, e a outra mangueira estava solta, o que me alterava a regulagem do carro e simplesmente matava o freio, brecar era sempre como tentar afundar uma pedra no chão com o pé. E pra melhorar, o motor nem é o original do carro, e sim, um 1979. Mas o prognóstico do Eduardo é bom:

- Cara, esse motor tá cansado, tem uns barulhos estranhos aí dentro... pode ser tucho, anéis de segmento... não sei, vamos abrir pra ver depois. Mas já vi coisas bem piores. Se você cuidar dele, roda pelo menos mais uns 100 mil km sem problemas. Mas o carburador eu tô achando que não tem jeito, se eu fosse você arranjava um DFV 228, porque esse Solex não vale muito a pena. Depois a gente vê.

Isso tudo ele falou na 2ª feira de carnaval, quando fui levar o carro pra ele regular, depois de eu já ter feito o serviço das mangueiras. Nesse dia, saí com a seguinte lista de compras:

- Jogo de pastilhas d'água (as 2 do bloco e as 2 do cabeçote);
- Junta do coletor de admissão / escape;
- Junta da tampa do tucho;
- Mangueira do respiro do óleo para o filtro de ar;
- Hélice do ventilador;
- Tampa do radiador.

Explicação: o carro ainda tá perdendo água feiamente, agora pelas pastilhas, e a tampa do radiador já morreu também; a hélice ainda é a de metal e tá toda torta; a mangueira do respiro simplesmente não existe; as juntas ele vai trocar, aproveitando pra ver se tem algo errado por cima. Depois disso, uma lavada geral pra caçar mais algum vazamento e deixar o bicho decente. Já vi preço de tampa do distribuidor, rotor, válvula termostática, jogo de velas e cabos de vela (o próximo grupo de coisa pra trocar).

Tudo comprado, guardado em casa, só falta marcar pra levar o Ogro pra oficina. Ufa!


O encontro

Fato digno de nota: Na última 5ª feira, fui conhecer o pessoal do Opala Clube - RJ, que se reúne semanalmente no posto BR em frente ao Guanabara de Vila Isabel. Vale dizer que o meu xará é membro. Ô, alegria!! Fui muitíssimo bem recebido, o clima foi de descontração do início ao fim, muita gente boa com seus carros de babar. Já virou programa de toda 5ª, e no próximo encontro a patroa vai junto.

Como meu celular não tem flash, as fotos saíram horríveis, mas ainda assim convido vocês a verem esses dois lindos cupês; o branco é um '77, e o dourado é um '72.




Quando eles atualizarem o site com as fotos, posto alguma coisa mais decente pra vocês.

Por enquanto é só; ainda falta contar minhas peripécias com a baba de dragão de Komodo, mas tá na hora de ir pra casa comer. Amplexos!

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