Era uma vez um moleque gordo que cresceu dentro de um Opala e ficou marcado por isso pelo resto da vida...

domingo, 19 de dezembro de 2010

Mea massima culpa

Ok, ok, a falha é minha mesmo. Muita coisa aconteceu, e pouco tempo restou pra escrever. Dio foi embora (estou desBRAVAdo, hehehe), as etapas pro casório se completam e esse mês (sim, finalmente!!) começo a fazer o motor novo do Ogro. Cabeçote à vista! Fiquemos todos felizes por meu xará não ter despejado o 4 canecos da oficina por falta de atividade minha...

Existe também a possibilidade (além da necessidade extrema) de botar o véio motor pra funfar, pelo menos o básico - já que nem isso ele tem feito. Sem carro pra bater, a única coisa que me resta é explorar o verdão mesmo... :/

Aguardem (mais um pouco) e confiem!

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Dio è nato




Ei-lo! O estranho no ninho! Após um bom tempo gasto com escolha, financiamento, liberação, compra e reparos iniciais, finalmente o bichinho está nas minhas mãos. Bichinho, não, pera lá: o danado é um bichão. Pelo menos pra mim, que adorei dirigi-lo. Macio, confortável, espaçoso como bom FIAT que é (sempre tirei o chapéu pra italiana no quesito planejamento de espaço) e andão que dá gosto.

Não vou me delongar, depois conto a história toda. Só pra dizer que, nessa primeira semana que passei com ele (peguei na 6a passada) já fiz quase 600 km no bruto e me deliciei. Claro, tem coisa de acabamento pra fazer (7 anos num carro são coisa), mas resolve-se. O principal está bom, e isso é o que importa. Ônibus, ciao-ciao...

P.S.: A escolha do nome foi óbvia, não?

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Feliiiz moootor noooovoooo...

Até que enfim! Alguma coisa concreta de verdade pra falar!

Com a grana dos bancos, fui até o Eduardo e negociei com ele o bendito 4 cilindros azul que ele tinha parado por lá. Motor este que, por sinal, vai continuar lá na oficina, "hospedado", por algum tempo. Razão simples: vou fazer tudo com o próprio Eduardo, então não tem cabimento eu tirar o motor de lá, pra depois levar de novo - mesmo que não vá fazer tudo de uma vez só, o que deixou o xará com a pulga meio atrás da orelha. Afinal, aquilo lá não é nenhum spa de motor, né?

Bem, o trato foi o seguinte: pro bichão ficar lá, eu preciso fazer alguma coisa nele todo mês: primeiro o cabeçote, depois o comando... e por aí vai. O mês que eu não fizer nada, tiro o motor de lá. Justo. Tenho um teto pro motor, "me obrigo" a fazer alguma coisa nele constantemente, e o nosso amigo que vive de futucar motor de Opala alheio também sai ganhando. Sai todo mundo satisfeito (de novo, espero eu).

Temos outras novidades: ao olhar o assoalho do Ogro, na altura do banco dianteiro agora ausente, fiquei agradavelmente surpreso com a aparente insxistência de áreas podres. Atrás e na frente, sim, tem um bocado de coisa pra fazer (tiro foto de tudo depois e posto), mas pelo menos ali a coisa parece saudável. Um pedaço a menos pra fazer. Bom.

Devo começar a ver material pros bancos dianteiros, também. Cês sabem, aqueles que estão no porta-malas neste momento... (e ainda me espanto de que eles caibam lá inteiros, e com mais coisa!). Vou ter que refazer tudo do zero, provavelmente, e conto com as reminiscências que tenho da época de ajudante da Sra. Mãe na reforma dos sofás lá de casa (ficaram bons, eu juro) e algumas - muitas - dicas que peguei (aqui e aqui) do amigo opaleiro Adauto, lá de Sampa - os meus bancos são do mesmo modelo dos dele (1975 em diante, mas fazer o quê? Só tem tu...). Depois, beem depois, vejo se consigo os do ano certo, mas por enquanto serão esses mesmo. Material correto pros bancos? Tabelas na internet (Opala.com e afins) e, óbvio, meu xará-mecânico e o povo do Opala Clube-RJ.

Bem, por hoje é só. O filho novo já nasceu, mas ainda está fazendo as limpezas primeiras e trocando de fraldas. Conto tudo quando estiver com ele (nome definido e óbvio: Dio) no meu colo.

Até!

domingo, 12 de setembro de 2010

Adeeeeeus, baaaanco veeeeelho....

E os bancos foram vendidos!!!

Quando eu já estava perdendo a esperança e entocando os ditos cujos em algum lugar lá na fábrica do Senhor Pai, eis que, semana passada, vejo uma ligação perdida no celular. Mesma operadora, o muquinha que vos escreve tem bônus, ligo de volta com o tradicional papo "alguém me ligou do seu celular".

- Ah, é sobre os bancos do Opala, você ainda está vendendo? - Conversa vai, conversa vem, marcamos pra ele ver os bancos.

6a de manhã ele me liga, dizendo que está chegando. Encontro um cara simpático, bom de papo, que está revivendo um Sedã '73 que passou por alguns anos de maus-tratos. Já na garagem onde se encontra o Ogro, pausa pra comentarmos uma réplica de Shelby Cobra que está sendo posta pra andar (motor 6 bocas de Opala, pra gosto e satisfação de ambos), e mais um bocado de papo.

Quanto aos bancos propriamente ditos: sim, eles estão um pouco mal de estrutura, mas o preço que estou pedindo não é injusto. Ele gostou dos bichos, viu os detalhes ruins da forração... enfim, negociamos o preço e fechamos negócio. Ontem ele veio, trazendo a esposa, pra pegar os dois. Bobo que sou, tirei foto até disso:


O banco traseiro, em duas partes, foi dentro do carro (espremendo a simpática esposa do comprador)...








E o dianteiro, em uma peça só, encarapitado no teto. Felizmente, o Paliozinho veio equipado com um bom rack, revestido de borracha e o mais.





Cês acreditam que, do jeito como foi, ainda couberam três no carro? Sim, três, porque eu, atrasado que estava pra ir pro trabalho, ainda fui na aba do casal até o Méier, pra pegar um ônibus que me levasse mais rápido pra Zona Sul.

Fim da história, com todo mundo satisfeito (pelo menos eu espero...). Meus caros Robson e Viviane, foi um grande prazer conhecê-los. É sempre bom encontrar companheiros de paixão. Espero que tenham feito uma boa compra, que lhes vá ajudar no processo de colocar seu sedã de volta à ativa. Também espero poder encontrá-los qualquer hora dessa em um dos encontros do Opala Clube-RJ, aos quais tenho tão descaradamente faltado... Felicidades e sucesso!!

E, quanto a mim, saio feliz com o negócio pronto pra passar às próximas fases da minha loucura: reformar os bancos dianteiros individuais (não são do ano certo, mas vão servir por enquanto) e comprar um motor novo pro Ogro. Xará Eduardo, guarda meu 4 canecos aí!

E, em primeira mão: aguardem os próximos capítulos... a família está crescendo!!!

domingo, 22 de agosto de 2010

Menos um sem-teto no mundo

É, finalmente!! Depois de quase 6 meses ao relento, debaixo de chuva e sol, Mister Ogro está protegido. Encontrei uma garagem perto de casa, com preço em conta e dono gente boa. Desde o dia 7 o bicho verde já tem abrigo contra as intempéries. Agora, sim, dá pra começar a pensar em mexer nele. Próximo passo? Ainda não sei, tudo depende da grana (in)disponível...

Só espero conseguir colocar ele todo no lugar antes da aposentadoria!!!

domingo, 20 de junho de 2010

Você se lembra dessa revista?



Pois é, o passado bate à sua porta... Dando início ao que eu tinha prometido, vou começar a digitalizar material de revistas antigas minhas e postar aqui. A maioria dos exemplares são da revista MOTOR3, entre 1981 e 1982. A MOTOR3 era uma ótima revista, com muito material interessante, e não tratava só de carros - motos, barcos e até aviões e alguns caminhões figuram nas páginas. Muitas matérias de gente boa no assunto, comentários interessantes, análises de design de novos modelos e temas polêmicos como a combinação álcool e volante. Nessa edição mesmo que eu comecei a escanear hoje consta uma matéria com o título "Você bebe quando vai dirigir? Então você poderá ser um assassino". Vai falar na grande novidade da Lei Seca...

A iniciativa é uma maneira de preservar o material - já que as resistas físicas estão inexoravelmente se deteriorando - e de enriquecer o blog. Não devo publicar as revistas inteiras aqui, até porque tem muita matéria teórica nessas Motor3 que eu tenho, mas devo digitalizar tudo e fazer upload pra algum armazenamento virtual da vida, pra disponibilizar o conteúdo completo pra quem quiser.

Ainda nessa edição, devo colocar a matéria sobre o Gurgel XEF, urbaninho muito interessante mas que (acho eu) nunca chegou a ser produzido em série; uma boa safra de Opalas (sim, eles... por que é que vocês acham que comecei com essa revista??) fazendo bonito nas mil milhas; o lançamento do Furglaine no Brasil; e o Koizystraña, um fora-de-série feito a partir de um Ford Landau que povoou meus sonhos de infância. Além do Scirocco da capa, óbvio. Se no meio do caminho eu achar mais alguma coisa interessante, posto também.

Por enquanto, fiquem com essas duas propagandas das 2a e 3a capas, uma do Fiat 147 e outra (que sempre achei maravilhosa) do Diplomata 1982.

Abraços!



segunda-feira, 14 de junho de 2010

Pneus Remold, o eterno dilema

Meus caros, segundo post do dia, pra linkar vocês pro Projeto 676, do nosso amigo Adauto, de Sampa, com seu Poseidon. Lá, ele levanta a lebre dos pneus remold, com os dois lados da história: uma reportagem dentro da BS Colway - a maior fábrica de remolds do mundo - e um vídeo de um consumidor, que teve um remold literalmente estourado no meio de uma viagem. Detalhe que o bendito do pneu tinha 190 km rodados. Isso mesmo 190 meros quilômetros, e não 1.900 ou 19.000. Vejam os vídeos e tirem suas próprias conclusões.

Link: http://www.projeto676.com.br/20100613/empneuzando/

Êeee-hehehehe

Taí o que vocês queriam... (E eu mais do que vocês, com certeza)


Pois é, semana passada foi semana de pegar teoria de mexer com fibra. A princípio fiquei um pouco decepcionado por ter descoberto que o curso seria mais teórico que prático, mas na verdade isso foi essencial. A prática eu até já tenho alguma, devido à Ortopedia, mas os princípios e truques que aprendi no curso serão inestimáveis em um futuro bem próximo. E além disso, durante essa semana eu ainda vou ter oportunidade de voltar lá e mexer na oficina com ele.

Bem, agora é meter a mão na massa: bater preço de material, comprar o que for necessário e tentar reproduzir as primeiras peças pequenas - tenho uma lanterna traseira sobressalente do Ogro que vai servir bem como primeira cobaia. Assim que os primeiros resultados surgirem, vou postando aqui pra posteridade...

O plano é o seguinte: já disse que preciso colocar o Ogro pra andar. Isso significa que powertrain, suspensão e estrutura precisam vir em primeiro lugar. Até sexta-feira devo fazer uma visitinha à Paumart pra ver um monte de coisa e rezar pra que eles dividam sem juros no cartão.

Donde se conclui que eu não vou poder gastar um barão com um pára-lama dianteiro, nem nada assim... Portanto, ficarei em um meio termo entre os puristas e os despojados: por enquanto, vou colocando fibra onde for necessário pra melhorar a situação externa do Ogro - é mais barato e dá pra fazer aos poucos, além da diversão da coisa. Quando a grana melhorar, compro o material em metal e vou trocando... As peças em fibra servirão, então, pra um objetivo secundário e extremamente maluco: meu projeto de replicar um Opala inteiro em vidro, carbono e (se financeiramente possível) kevlar. Este última devido a possibilidades e necessidades vislumbradas no curso.

Tá, tá, tá: é muita areia pro meu caminhãozinho. Mas, quem sabe... vai ser o projeto de uma vida inteira mesmo...

Mais uma coisa: pra poder melhorar o conteúdo do blog, devo começar a postar uns materiais um pouco mais variados, como umas reportagens de revistas antigas que tenho lá em casa. O blog vai ficar mais rico e interessante, sem fugir da minha paixão:autos antigos.

Bem, ver-nos-emos mais vezes. Ou melhor, quem ler isso aqui vai ter mais trabalho daqui por diante.

Até mais...

domingo, 6 de junho de 2010

A questão principal: por que ESSE carro?

Continuemos. Mais de uma vez, durante esses últimos tempos, fui confrontado com o fato de que, se eu fizer todo o necessário para deixar o Ogro realmente impecável, vou gastar tanta grana que poderia comprar vários Opalas de mesmo ano, em muito melhor estado, e fazer uma restauração menos problemática e desesperada. Até mesmo comprar um carro realmente muito bom, no mesmo modelo do meu, e não gastar grana quase nenhuma pra chegar ao ponto de novo. "Picota esse carro, vende tudo e compra outro melhor com a grana", dizem eles. Não posso negar, isso tudo é realmente verdade. Mas existem alguns pontos que não são levados em consideração pelas pessoas que me enchem a cabeça com essas idéias:

1) Sim, essa tem que vir primeiro: grana. Se eu tivesse uns R$15.000,00 não mão pra comprar um carro, é simplesmente óbvio que eu teria comprado um carro muito melhor. Mas eu não tinha. Na verdade, não tinha nem grana pra comprar esse, e até hoje ainda estou pagando o empréstimo que fiz no Itaú (as parcelas vão até dezembro, se não me engano). Comprei o que pude, e vou fazer do jeito e na velocidade que dá. Não é à-ta que o nome do Blog é "O Opaleiro Louco": só alguém fora de seu juízo normal começaria um projeto imenso e maluco como esse, nas condições financeiras em que eu me encontro. Vou levar boa parte da minha vida fazendo esse carro, tenho certeza, e vou gastar uma grana de respeito. Vou precisar de outro carro pra bater no dia-a-dia, enquanto o Ogro ficar no estaleiro. Mas se é assim que deu pra começar, é assim que vou seguir.

2) Sou teimoso. Verdade mesmo. E isso é facilmente exemplificado pela última frase do item acima. Não sei largar o osso. Não vou desistir do carro porque a coisa tá difícil. Espero, contorno, junto grana e faço. Vai demorar, vai ser difícil. Mas vou fazer.

3) A graça e a aventura do processo. Não é só ter um carro lindo e impecável, tem que ver o bicho voltando à vida, e de preferência participar do processo. Gosto de meter a mão na massa, de ver a coisa acontecer. Comecei muito de baixo? Ótimo, mais coisa pra fazer. Tem gente que gasta grana em cigarro, bebida, droga, bordel. Consequências? O trinômio infarto-derrame-câncer, cirrose, overdose e DST's, respectivamente, além de várias outras que não menciono. Pô, sinceramente eu acho que essa minha maneira de torrar grana é muito mais saudável que qualquer uma das outras...

4) Last but not least: A preservação do carro em si. Não sei que ventos da inevitabilidade cósmica me levaram a encontrar esse carro em particular naquele bendito anúncio do Balcão.com. Mas encontrei, negociei e comprei. E ele não é um caso perdido, não foi dado como sucata, não é irrecuperável. Não vou canibalizar as peças pra outro carro se ele ainda tem salvação. Acho justo, digno e necessário salvar o que se possa em uma sucata para aproveitar na restauração de um carro melhor, mas estou falando de sucatas. Não de um carro andando. Claro, a situação dele é feia, precisa de muita grana e muito trabalho pra fazê-lo voltar aos dias de glória. Mas a missão de um fã não é preservar a memória? Sim, sou babão e acredito nisso. Quanto mais Opalas puderem ser preservados, melhor. De que adianta ter dois carros com valor incalculável trancados num museu automotivo? Carro foi feito pra rua. Tudo bem não rodar com aqueles modelos 1900 e guaraná de rolha, que se passarem de 20km/h desmontam (modelos T e afins): realmente seria um pecado pôr nas ruas do Rio de Janeiro um monumento às rodas de madeira; sejam bem guardados em redoma de vidro. Mas um carro de 40 anos ou menos, que dá couro em muito pseudo-esportivo por aí? Façam-me o favor, né?

Aiai... Momento de auto-avaliação e auto-afirmação extremamente necessário de tempos em tempos. Afinal, se eu não lembrar bem direitinho o quê, como e por que estou fazendo, acabo num hospício. #prontofalei, xingue-me quem quiser.

"As catraca tão cafusa..."

Bem, agora que as coisas voltaram a andar, dá um ânimo de novo, né... Coisas que aconteceram e/ou passaram pela minha cabeça esses últimos tempos:

- No dia em que o arranque pifou, eu ainda fui até o Samuca bater um papo, e fiquei meio desapontado com o que ouvi: dada a fila de carros em que ele tem que mexer antes do meu, com muito otimismo e ele trabalhando incansavelmente, vai demorar pelo menos um ano pra ele conseguir encostar no Ogro. E, uma vez o processo iniciado, pode colocar aí mais um ano/ano e meio até ficar pronto, isso contando com grana em movimento constante e nenhuma surpresa escabrosa debaixo daquela pintura verde.

- Fiquei sabendo de dois outros profissionais que trabalham muito bem: um no Cordovil (perto da atual residência do meu pai, portanto), que foi o responsável pela restauração da Caravan do presidente do Opala Clube-RJ (Caravan essa que é referência de carro aqui no Rio, simplesmente impecável); e outro em Higienópolis, que também faz um ótimo trabalho e poderia pelo menos resolver o caso da longarina - talvez, ver o caso da dianteira "casca de ovo". Sem endereços, sem contatos, sem preços... portanto, ainda sem esperanças ;)

- Realmente, encostar o carro no estaleiro de vez pra fazer tudo vai ser quase impossível. O jogo vai ser: pagar os IPVA's, fechar o documento, passar pro meu nome, fazer motor, elétrica, câmbio, freios... o necessário pra botar ele andando, enfim. Aos poucos e com muita perseverança, ir apagando os incêndios e, a cada vez, fazer um pouco mais que o necessário pra resolver uma área maior da lataria. Sei lá, mas acho que esse é não o melhor caminho, mas o mais factível.

- Sim, é claro, existe aquela possibilidade maravilhosa e suprema que eu nem quero passar muito tempo aventando, de tão altamente improvável. A cada dia acho mais longe e difícil de acontecer. Basta dizer que, se os céus sorrirem pra mim e derramarem essa benesse, terei meu Ogro todo prontinho e estalando de novo muito mais rápido do que eu poderia pagar, e por um preço quase simbólico. Oremos, irmãos, oremos... :P

- O próximo item é tão significativo que vou abrir um post só pra ele...

Até.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

RESSUSCITOU!!!

ALELUIA!! OREMOS, IRMÃOS!!!

Puutz, cês nem acreditam: finalmente, de ontem pra hoje consegui fazer o Ogro pegar. A um custo relativamente alto, obviamente, mas a coisa valeu a pena.

Já há algumas semanas o Eduardo (meu mecânico-xará-amigão-que-dá-altos-conselhos) tinha me indicado um eletricista pra ver o arranque do bicho. Mas faltava grana e tempo, então foi ficando, ficando... até que, de folga dos dois empregos principais ontem e hoje, bati lá no bendito Amarelinho pra ver o que ele podia fazer por mim.

Resultado: o arranque tinha mesmo ido pro espaço. Bobina de campo, automático y otras cositas más. A única coisa que restou foi a carcaça. Imperativo: trocar tudo.

Papos com ele, com o Eduardo, acabou que o xará tinha um arranque pequeno de motor 4 cilindros lá dando bobeira, que me foi vendido por módicos 170 reaizinhos. Revisado, escovado, limpinho, ele foi hoje pra debaixo do carro por mais 80 de mão-de-obra. Ficou mesmo jeitoso, o bicho. Bem, gasolina no carburador, algumas tentativas sabotadas pelo motor fraco, e... tcharammm!!! O bicho fez barulho, engasgou, estourou (conjunto de velas e tal têm que ser trocados), mas pegou. Até andou! Ô, alegria... Mexi ele do lugar, coloquei alguns metros mais perto de casa (sabe como é, se não se mexe daqui a pouco começa a "perder" peças).

Resumo da história: Ele pega, mas o "toc-toc" que ele fazia antes ainda não sumiu - segundo o Amarelinho, é a ignição que está com problema, mais um pra resolver. O carburador continua o mesmo lixo, o motor está perdendo água pela pastilha do bloco (aquela que, pra trocar, tem que arrancar o câmbio) e a falta de força vai ser analisada em breve, pelo Eduardo. Ele está com um alegre medidor de compressão lá na oficina e vai ver o que pode estar dando errado nesse sentido. Estou com a lista de compras pra resolver os estouros e resgatar a suspensão (Rua Escobar, me aguarde). Mas uma coisa preocupa um pouco mais: segundo o Amarelinho, se eu não mexer meus pauzinhos pra consertar a estrutura da dianteira (corta-fogo e colunas incluídos, não apenas a longarina), ela pode simplesmente rachar e o carro vai abrir no chão que nem um ovo...

Não percam as cenas dos próximos capítulos!

terça-feira, 25 de maio de 2010

Disformed: The deeper decay of the already fallen

Alô, seguidores...

Motivado pela pergunta do amigo Adauto, de Sampa, posto essas tristes linhas pra constar no registro que, desde o último post, não fiz rigorosamente NADA no Ogro. Aliás, nada também não: Como ele está na calçada perto de casa, mantenho as cercanias livres de folhas e lixo (o gari não se dá ao trabalho de varrer embaixo dele, as tralhas se acumulam), e outro dia dei uma lavada mal-dada, pra não chamar a atenção dos reboques do DETRAN.

Parado na rua, pegando chuva e sol, a elétrica ferrada, ele nem pega... Tô tentando juntar uma grana pra chamar um eletricista e passar uma geral nele, mas ainda não deu. Sem esse básico, não consigo nem virar o motor. Garagem também ainda não pintou; mesmo que pintasse, só rebocando pra colocar ele sob uma cobertura qualquer. A preocupação cresce junto com os podres.

Bem, é isso. Sem perspectivas maiores até o próximo salário. Que venha a virada do mês...

terça-feira, 13 de abril de 2010

Aimeudeus 3: O Resgate

É, hoje o Ogro negou fogo pela 3a vez. Tentando levá-lo até o Samuca pra fazer um levantamento primário sobre o que fazer na estrutura dele, o motor fraco não deu conta do recado, e mais: pra completar, o arranque falhou. Antes ele ficava no toc-toc algumas vezes, sem virar o motor, mas acabava pegando no final. Mas não hoje. E, quando resolveu virar, travou no nhenhenhém e ninguém coneguia desligar, até o arranque começar a fazer fumaça e eu meter a mão no cabo da bateria. Aí, sem opção, ele finalmente apagou.

Pra coroar: ele morto, numa rua levemente inclinada e de paralelepípedos horrendamente irregulares (a minha), eu tive que empurrar os quase 1500kg de metal por meio quarteirão até uma posição decente, colado à calçada. Sozinho. Meus músculos doem de novo só de lembrar.

Aimeudeus...

domingo, 11 de abril de 2010

Vale a pena ler...

Meus caros, tomei a liberdade de copiar este texto ótimo, dando o devido crédito da fonte:


Um diamante na carvoaria...


"Um tremendo paradoxo, na época da ditadura tínhamos carros esportivos, grandes, potentes e velozes. Foguetes nas mais diversas cores e tracionados pelo eixo traseiro como deveria ser todo carro. Porém passados mais de 30 anos, democracia restaurada há 25, e o Brasil com um dos maiores mercados do mundo, o que temos?" (Clique aqui para ler o resto)

No further comments...

domingo, 28 de março de 2010

Vendendo os bancos

É, o sonho acabou. Como o câmbio do Ogro é originalmente no chão (e sendo também o banco inadequado para um carro de duas portas, como já mencionado), foram-se minhas esperanças de levantar a alavanca de marchas pra coluna, e por isso estou anunciando o jogo de bancos do carro. O site escolhido (por enquanto, o único) é o Balcão.com, e o link segue aqui, com várias fotos para os interessados.

Vale ressaltar que toda a renda obtida com a venda dos bancos será revertida para a campanha "Faça um Cupê 1973 Feliz", que só não tem conta no Bradesco porque sou cliente do Itaú há vários anos... (Toda campanha beneficente tem conta no Bradesco, já se deram conta??)

E, pra completar: após outra tarde de baba-baba-raspa-raspa, o pára-choque traseiro já tá quase!

Operação tartaruga...

É, meus caros, enquanto eu me debato com as questões fundamentais da Vida, o Universo e Tudo o Mais (inclusive a mais crítica no momento, Como Arranjar Grana pra levantar o Ogro), sigo meus pequenos esforços pra pelo menos não deixar o carro com cara de "Alguém me Esqueceu Aqui". Sábado de poucos progressos, mas pelo menos pude progredir um pouquinho no pára-choque traseiro, esquecido há tanto tempo naquele estado de meia-tinta pra lá, quase raspado pra cá. Junto com a peça raspada, limpo também a consciência: não deixei meu filhote largado a semana toda. Ainda não vale a pena tirar fotos, mas a coisa tá andando, quando a traseira ficar toda sem tinta eu posto.

Nota mental: comprar outra lata de Baba do Diabo (nome comercial: removedor pastoso), a minha tá acabando...

E de resto, vale o conselho escrito em garrafais e amigáveis letras na capa do nosso famossíssimo Guia do Mochileiro das Galáxias, o grande repositório de todo o conhecimento universal: NÃO ENTRE EM PÂNICO!!!

terça-feira, 23 de março de 2010

Contra a parede

É, meus caros, como eu imaginava a coisa ficou feia. Não só por causa da longarina em si, mas pelo monte de coisa que tem que mexer pra chegar a ela. Fui ao Samuca ontem, estimar o estrago, e a conversa foi a seguinte:

- Se quiser fazer serviço lambão, eu não faço.

- Queisso, Samuca, quero fazer a coisa direito.

- Então tem que arrancar motor, caixa e suspensão pra fazer. Traz o carro pra cá já sem o motor e a caixa, aqui eu tiro a suspensão e mexo no que precisar. Mas agora não tenho vaga na oficina, tem que sair algum carro primeiro.

Ou seja, isso tudo pra poder mexer na estrutura do carro, que (não precisa muito esforço pra perceber, apesar de minhas recentes tentativas de me convencer do contrário) tem que ser feita antes de todo o resto. MASSSS...

O motor tem que ser feito, a caixa vai ser trocada e também tem que fazer a suspensão. Sem contar a restauração de toda a parte dianteira.

Aí vem a pergunta cruel: vale a pena tirar isso tudo, mexer apenas na longarina e colocar tudo de novo, só pra daqui a mais um tempo tirar tudo outra vez??? Ou será que é melhor afundar até o pescoço nessa história logo e arrancar essa gangrena toda, restaurar a dianteira - inclusive as longarinas e assoalho, por aí vai - e só colocar a mecânica no lugar quando já estiver feita?

Claro, isso vai demandar muito mais grana inicialmente (muito mais do que eu podeira arranjar num primeiro pensamento), e, portanto, vai manter o Ogro no estaleiro por um tempo imenso, mas pelo menos a coisa vai ser feita toda de uma vez, e do jeito certo.

Lá mesmo no Samuca, tem vaga pra abrir na garagem. Talvez seja uma boa instalar ele lá por um tempo, protegido de sol e chuva, enquanto junto a grana pras peças a comprar e a mão-de-obra, e então fazer tudo num pau só. No meio tempo, vou desencavando os problemas das peças atuais pra ver o que está bom (será que existe??), o que ainda tem conserto e o que efetivamente está além da salvação. Menos coisa pro Samuca fazer, menos grana pra gastar.

Divagações, divagações... Tudo ainda na cabeça, sem concretização prevista.

Frase do dia: "Se pudesse fazer um único pedido a Deus, pediria para ser pobre por um dia. Porque ser pobre o tempo todo é uma desgraça!!!"

domingo, 21 de março de 2010

Problemas, sustos, uma oferta e uma alma lavada

Sábado de sol, céu de brigadeiro sorrindo em meio a vários dias nublados e chuvosos. Pergunta: qual o programa do dia? O de vocês eu não sei, o meu foi ir pro mecânico.

Finalmente, consegui que o Eduardo levantasse o carro pra orçar a bendita suspensão, além de ver o que causou a festa de São João fora de hora, segunda passada. O cara é ocupado, tão pensando o quê?

Colocando as coisas em ordem inversa, vou falar do mais fácil (ou sei lá, menos ruim, mas talvez não) primeiro: o carro estava horrendamente fora do ponto. Mas o Eduardo não tinha regulado o ponto dele da outra vez, quando trocou as pastilhas d'água? Sim, tinha, e isso me faz lembrar da síndrome do castelo de cartas - mexe-se em uma, caem todas. Acho que aquele orçamento de velas, cabos, rotor e tampa do distribuidor vai ter que se concretizar logo, logo... e isso só pra ver o que vai pifar logo depois, vocês vão ver.

O que deu pra entender é o seguinte (na minha pobre percepção): não adianta regular, assim que se começa a forçar o motor a coisa toda degringola de novo. E isso, de um jeito bem tosco, me causou certo alívio... já-já eu conto por quê.

Agora, o troço cabeludo. O Rogério levantou o carro pra olhar a suspensão. Maaaaaaaano... Phwd3w, de vez. A coisa tá feia, mas feia mesmo. E não só na suspensão. Eu quero imagens, eu quero imagens!!


Buchas? Que buchas? (1) - Detalhe: olha só o xará lá atrás...



Buchas? Que buchas (2) Sente só a situação da balança direita, completamente fora do lugar e prestes a pular fora




O câmbio? Bem, digamos que, na falta do original, um outro foi... hã... adaptado. A sustentação original do câmbio varetado foi literalmente serrada...




... e o suporte de um outro mais novo foi soldado no lugar



Tá amarrado, irmão!! Será que o cara que fez isso confiava no suporte do novo câmbio?


Bem, uma coisa ficou definida: esse carro nunca teve a caixa de mudanças na direção, era câmbio no assoalho de fábrica - as evidências abundam, inclusive o suporte velho cortado mostra o lugar inicial da caixa de mudanças. Mas, não contente com o varetado original, algum antigo dono muito lambão simplesmente arrancou fora e enxertou outro no lugar...

OBS.: Adeus, sonho de banco sofá... vão ficar os separados mesmo, mas vou conseguir os originais (o jogo que eu tenho é do '75 pra frente).

Agora, duas coisas que meteram medo de verdade:


Na roda dianteira esquerda, dois parafusos da suspensão estão tão frouxos que a coisa toda estava quase caindo - mesmo. Não sei quantas voltas foram dadas nesses benditos parafusos pra fixá-los de maneira minimamente decente. Era pra eu ter ficado sem roda no meio da rua.



Agora, (o que era pra ser, ou um dia foi) a longarina do lado esquerdo. A coisa tá muito, mas muito pior do que eu poderia imaginar nos meus piores pesadelos.



Amassada, torta, remendada



Mais de perto, a coisa piora



E piora mais ainda, quanto mais perto se chega da fixação da suspensão. Completamente podre



Sério, não dá pra imaginar quantas vezes essa longarina quebrou ou apodreceu e foi (muitíssimo mal) remendada. A coisa tá tão feia que o próprio Eduardo não opinou na hora de decidir o que fazer primeiro, a suspensão ou a reconstrução completa da longarina. Acho que vou ter que fazer essa primeiro, porque não vai adiantar trocar a suspensão pra fixar numa estrutura dessa. A saída é uma longarina toda nova, construída do zero. Vamos lá no Samuca, pra ver se ele topa um troço suicida desse (e quanto ele vai me cobrar...)

Moral da história? Crianças, quando forem comprar um carro com 37 anos de idade, OLHEM EMBAIXO DELE ANTES DE FECHAR NEGÓCIO!!!


Tava achando que acabou? Nananina... Outros pobreminhas:


Olha a obra de arte no cárter, todo amassado



Tá vendo a gotinha translúcida? É água, ainda vazando (a tão temida pstilha d'água da parte de trás do bloco também está mal das pernas, e pra trocar tem que tirar fora a caixa. Detalhe que também tá caindo óleo da própria caixa de marcha



Sente o drama: tudo borrado. Pra se ter uma idéia real do estado do motor, isso tudo vai ter que ser lavado. A longarina direita está bem melhor que a outra, embora também um pouco bombardeada


Bem, alguma coisa tinha que criar uma esperança nessa história toda, né? Pois bem: quando viu o estado do câmbio e o vazamento da pastilha d'água posterior (vai ter que desmontar tudo aquilo mesmo), o Eduardo me fez uma proposta indecente: ele tem uma caixa 4 marchas do ano do Ogro, toda certinha, e me ofereceu instalada, com a pastilha trocada e o mais, além do conjunto de embreagem, por um preço impublicável de bom. Resta saber se eu vou conseguir me virar na grana...

E pra fechar o dia, a lavagem da alma: depois de tanto tosse-tosse, ponto pulado e mortes súbitas no meio da rua, eu já estava me achando um inepto por não conseguir do Ogro um rendimento mínimo. Será que eu estou tão acostumado com golzinhos e outros 1.0 que não consigo encher a capacidade de um Opala? Mas não. Ao ver meus insucessos em tirar o carro de ré da rampa que é o acesso à oficina (o carro morria direto ao tentar subir), o Eduardo, indignado:

- Ah, peraí que eu vou dar uma volta nesse carro. Quer com emoção ou sem emoção?

Pulo pro carona e ele sua feio pra tirar o carro do lugar. O bicho cuspia, tossia, estourava, morria e não saía. Até que o Rogério deu uma mão empurrando e saímos.

Na mão dele, os mesmos problemas que eu enfrento. O Ogro não responde, antes de sair da inércia resmunga feio, quase morre. O rendimento na reta, já em movimento, também está sofrível. E, depois de penar pra colocar o carro numa vaga complicada perto da minha casa (ele nem quis voltar pra oficina dirigindo), diz:

- Cara, esse carro não pode andar, não.

Pode parecer cruel, mas senti um alívio tão grande... Pelo menos a incapacidade não é minha, e sim do carro - mais fácil de resolver, portanto.

O que fica agora é uma única dúvida. Qual problema mais que urgente eu resolvo primeiro: o risco de o carro não andar, arriar no chão ou quebrar no meio? BUÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ...

Pós-broxa

Bem, depois da vergonha de segunda-feira, eu precisava de um pouquinho da ânimo, né? Algumas visitas à oficina do Eduardo durante a semana foram ajudando (fui lá logo depois de ter o carro rebocado, pra conversar sobre o assunto e receber uma esfrega federal pela imprudência) e, na quinta, fui ao encontro do Opala Clube (semana passada eu não fui, estava arriado demais depois do dia de trabalho). Fui de carona com o próprio Eduardo, batendo papo. Chegando lá, a festa habitual, o ronco opaloterapêutico... mas, não mais que de repente, um (muito bem-vindo) estranho no ninho. Olha só o que parou do meu lado:


Sente o drama...




Pena que está com os enfeites alla USA...


Linda. E ponto.


Interior impecável

E aqui, algumas figuras carimbadas do Clube (desculpem pelas fotos horrorosas, a câmera do celular é uma droga)


Dava gosto de ver esse 4 portas


Trabalho primoroso: um membro do clube faz miniaturas em papel de vários carros. Essa Caravan, em homenagem ao um dos carros do presidente do clube, está toda proporcional, tem até interior e vem inclusive com o adesivo do condomínio dele no vidro!


O cupê Especial '72 do Welco, o presidente do clube


De novo o carro do presidente, agora visto de traseira. A cor? Marrom tropical (pena que a foto não faz jus, o carro é um ES-PE-TÁ-CU-LO, não canso de olhar pra ele)


Eu não tinha visto ainda, mas esse é o sedã '70 do Rogério, que trabalha com o Eduardo na oficina.

Pra melhorar o dia, foi o aniversário do Seu Rodolfo; teve bolo, parabéns e um bocado de alegria.

Momento desespero: e o meu Ogro lá em casa, apodrecendo no tempo... quanto tempo mais até ele apresentar a dignidade necessária para dar o ar da graça aqui no clube??

Negando fogo

Este post vem relatar uma broxada legal que o Ogro deu outro dia. Tudo bem, mesmo no estado em que se encontrava até alguns dias atrás, meu bicho verde é o carro mais forte que já dirigi, mas ele começou a piorar em desenvoltura a olhos vistos (síndrome do castelo de cartas, talvez). E eu, que vivia dizendo que ele era fortão et al, paguei a língua. Pior, num momento bem complicado.

Segunda passada, dia 15, Dona Neia (minha sogra) passou mal feio em casa, em Caxias. Eu em Nova Iguaçu, na fábrica com meu pai, não podia fazer quase nada. O carro do meu pai ia sair dali pra ir direto pro conserto, não podia ajudar. Não tinha por perto uma alma caridosa em Caxias que se dispusesse a levá-la ao Hospital de Laranjeiras, onde ela se trata. Táxi nem pensar, ia sair uma fortuna. Aluguel também não dava, estava em cima da hora demais. Única solução: ir até em casa, botar gasolina no Ogro e seguir até Caxias, rezando pro bicho não me deixar na mão e pra não encontrar nenhuma blitz no caminho - depósito na certa, e de lá ele com certeza não ia sair mais.

Pois é. Tudo o que eu rezei pra não acontecer, aconteceu. Abasteci e arranquei do posto na Lino Teixeira pra pegar a Olímpio de Melo e depois a Brasil. E bem ali na Olímpio (pros que conhecem), antes da esquina que vira pra CADEG, o carro começa a estourar feito um busca-pé de festa junina, sobe um fumaceiro cinza e engasopa, engasopa, engasopa... a menos de 20 metros de uma blitz!! Assim que vi, encostei o carro na esquerda (burrice minha) logo antes do sinal e esperei.

Burrice? Sim, porque se tivesse ficado do lado direito eu teria conseguido me arrastar pela curva pra CADEG e escapar dos policiais, que estavam arrochando todo mundo. Mas ali estava eu, imóvel, de cara pros guardas, sem poder fazer a imensa bandalha que seria cruzar a pista por cima da faixa de pedestres e fazer uma saída estratégica pela direita (não somente pelos guardas, mas porque o Ogro poderia parar de vez no meio do trânsito, já intenso àquela hora, e causar um rebuliço dos diabos).

Liguei pro Eduardo, que estava longe e não podia vir. Deixar o carro ali, nem pensar - ele não ficaria ali por muito tempo, ou então seria sistematicamente depenado. E a noite começava a cair, com os policiais de olho comprido pra cima do Ogro.

Olhei pra trás e vi um posto de gasolina, minha esperança. Fui até lá pedindo uma vaga de pernoite, pra no dia seguinte conseguir um reboque e levá-lo pra casa:

- Olha, vaga não tem não, mas se você quiser um reboque tem um bem ali, ó...

No Céu, os anjos cantam glórias ao Inefável. Vou até lá, combino o preço com o cara (como estava perto de casa, ele não me cobrou a taxa padrão de saída de R$ 80 e ficamos em um galo) e toca pra casa.

Resultado do dia? Uma tarde de muito nervosismo e stress, minha sogra sem conseguir chegar ao hospital (fiquei sabendo no dia seguinte) e, no campo financeiro, menos R$ 100 que eu não podia mesmo gastar (cinquentão pra gasosa e outro tanto pro reboque). Um táxi talvez até saísse mais caro, mas me poupava os neurônios queimados e teria resolvido o problema principal. Dona Neia, hoje, está internada, em observação. Frustrante, frustrante, frustrante.

Eis algumas fotos que tirei do infeliz evento:






Mesmo já encostado no batente...


... ainda sobrava carro pra fora da plataforma


É pena, mas não dá pra ver os tiras acompanhando com os olhos o bicho em cima do reboque (é sério, eu estava antes do sinal e eles logo depois, parando todo mundo e me fuzilando com os olhos)


Seria uma boa foto, com a paisagem voando pra trás do carro... pena que ele está parado, em cima do reboque



Desembarcando na porta de casa, a noite já fechando

Por isso, crianças, aprendam: antes da revisão completa pelo mecânico, voltinhas só em volta do quarteirão!!

terça-feira, 9 de março de 2010

Preocupaçõezes...

Coisa que ficou faltando contar: outro dia, estava eu estacionando o Ogro de um curto passeio pelo quarteirão, quando um senhor pára uma Ipanema ao meu lado e pergunta:

- Ô amigo, esse aí é um '72?

- Não, só a grade dele é que é, o ano dele é '73.

- Pô, mas ele tá beeeem amarrotado, hein?

- Sim, eu sei, comprei ele pra fazer tudo, é pela paixão mesmo...

Blábláblá vai, blábláblá vem... Diz ele:

- Ah, porque eu gosto muito desse carro, trabalho muito com ele.

[Ding!]

- Epa! Trabalha? Faz o quê?

- Restauro, tenho uma oficina aqui na outra rua...

[DingDingDingDingDingDingDingDingDingDingDingDingDingDingDing!!!!]

Pois é, vai dar sorte assim lá na casa do cacilda. O mecânico de um lado, o restaurador do outro. Pra melhorar, os dois se conhecem, já trabalharam juntos e admiram o trabalho um do outro, pelo que eu já fiquei sabendo. Assim, hoje eu fui lá bater um papo com o Samuca e ver qual é. Acabei vendo carros lindos, nos mais variados estágios de restauro (inclusive uns três ou quatro Opalas) e tendo uma primeira aula de funilaria básica, bem como uma ligeira amostra dos milagres operados por uma roda inglesa (acho que é esse o nome). Creio que posso dizer que ficamos amigos, o que é muuuuuuito bom.

Mas então porque o nome do post? Vamos lá:

1) A restauração desse carro vai ser beeem mais complicada do que eu estava disposto a admitir;

2) Vai ser bem mais cara, também. Ele faz um trabalho de primeira, e tem uma noção perfeita de quanto vale esse trabalho... O que eu puder fazer na mão pra reduzir esse custo eu vou ter que fazer, e agora não só por gosto pela tarefa!

3) Lembram da tampa do motor?


Pois é, dependendo do tamanho do estrago desse backfire, a tampa pode ter sido inutilizada. Pra piorar, como o Ogro está no tempo, preciso tomar uma providência urgente sobre ela (e o teto), pra não perder os dois antes da hora. A tampa até não me mata de preocupação, os planos são de substituir mesmo, mas o teto...

Não mexi mais no removedor, o tempo está muito curto. Mas ando devorando material sobre fibra de vidro, já que a próxima data do curso não casou com o (pouquíssimo) tempo que tenho disponível.

Pra terminar, a dúvida: pago uma garagem por ali, onde não posso fazer nada com o carro mas deixando-o perto do mecânico, ou levo ele pro galpão do meu pai em Nova Iguaçu - que é longe de tudo mas tem expaço suficiente pra eu começar a devastar os podres do bicho? SOCORRO!!!!!!!

quarta-feira, 3 de março de 2010

O Palio

Segundo post do dia, pra agradecer ao Adauto, do Opala Adventure, pelo prestígio de acompanhar essas mal digitadas linhas e mais, me mencionar no blog dele. E, claro, pra contar a bendita história do Palio que ficou comigo por exatamente 20 dias.

Já vinha de um bom tempo a minha necessidade de ter um carro. A patroa trabalha até tarde, as mães dos dois estão mal de saúde, eu corro pra cima e pra baixo o dia todo; e, claro, a gente tem direito a um passeiozinho de vez em quando, né... Além do mais, desde moleque eu sou louco por coisas com motor e quatro rodas.

Já tive um Fiat Tipo, tentativa mal-sucedida que me rendeu problema do início ao fim e ainda me deixa preocupado - o carro tá financiado, na mão de terceiro mas no meu nome, e eu tenho que ficar acompanhando semanalmente se não pinta uma multa nova no meu prontuário até o novo dono terminar de pagar e passar pro nome dele, faltam uns 4 meses.

Final do ano passado, a gente queria porque queria passar o Natal em Araruama, levando a minha sogra e dois cunhados. Solução? Carro. Vai pra lá, vem pra cá, uma tia minha ajudou a financiar um Paliozinho EX 1.0 4 portas, com GNV, ar condicionado, e vidros e travas elétricas. Saí da loja com o carro no dia 11 de dezembro. Foi o encanto da patroa, paixão à primeira vista. Saiu caro, mas parecia atender ao que a gente precisava.

Só parecia. Já nos primeiros dias eu comecei a perceber uma tonelada de maquiagem no carro: falhas no motor, GNV desregulado, vários problemas elétricos e de acabamento etc. No segundo dia ele já me larga a pé em plena Lagoa Rodrigo de Freitas. Com exatamente uma semana, voltei à agência pedindo os reparos necessários, e depois de 5 dias vieram em três versões: ou simplesmente não foram feitos, ou foram mal-feitos, ou chegaram mesmo a piorar o estado do carro. Pra exemplificar, o vidro do carona subia mal, agora parou de vez; o espelho do carona tava emperrado, eles entupiram de WD-40, que escorreu na porta toda - e eles disseram que era procedimento padrão!!

Peguei o carro e, dando uma de joão-sem-braço, levei a uma concessionária da FIAT, com o seguinte caô:

- Vem cá, eu tô querendo comprar esse carro mas tô sentindo umas coisas estranhas nele, será que vocês poderiam levantar o que ele tem de problemas pra mim?

Resultado: o computador da injeção não respondia ao acesso do terminal da FIAT, o motor já tinha sido mexido, os barulhos que eu ouvia eram no cabeçote - provavelmente teria que fazer em pouco tempo. Conselho do pessoal da concessionária: "Ó, não compra esse carro não, porque vai ser só dor de cabeça". Pena que eu já tinha comprado...

Viajamos no Natal. O carro até que não parou na estrada, mas deu uns sustos: o mostrador do combustível morreu, a lateral direita ficou toda borrada de WD-40 (foi quando eu descobri a tramóia) e outras coisinhas assim. Sem contar, óbvio, o sofrimento que foi pegar a estrada de carro 1.0 cheio, rodando com GNV. No fim, aconselhado por uma amiga que conhecia a agência, decidi cancelar tudo.

Aí caiu a última gota: dia 30 de dezembro, eu estava na Linha Vermelha sentido centro, um pouco antes do Fundão - a caminho da agência, na Ilha, indo entregar o carro e cancelar o negócio. 80, 85 por hora, pista moderadamente cheia, pé imóvel no acelerador. De repente, sem explicação, o carro engasopa... E MORRE!!!

Frações de segundo, alerta ligado, desespero total. Um brilho forte no retrovisor me chama a atenção: um ônibus da Evanil piscando atrás de mim e crescendo rápido pra me estampar a traseira. Embreagem, terceira, aproveito o embalo que resta no carro e solto a embreagem pro carro dar um tranco feio e sair do aperto por um triz. Sério, vi o filminho da minha vida passar na minha frente. Se o ônibus me acertasse naquela velocidade, eu no mínimo ia rodar na pista e colher mais uma meia dúzia no caminho.

Já viu o estado de espírito em que eu estava quando cheguei à agência, né? Larguei o carro lá conseguindo não pular no pescoço de ninguém e vim embora, cheio de peso na mão e sem poder tirar da cabeça o que poderia ter acontecido se aquele tranco não vingasse e o Evanil me acertasse por trás.

Hoje, estou acionando a agência na justiça - eles estão tentando descontar os cheques emitidos pra pagar a transferência do carro e, pra piorar, o contrato nunca chegou a ser efetivado com a financeira. Vamos ver no que dá.

E é por isso que, a caminho do hospital no outro dia, Dona Jo me sai com essa: "Pô, Eduardo, o Palio não andava assim, não!!".

Só pra fechar com chave de ouro: lembram que eu falei da paixão da Jo pelo Palio? Pois é. Depois de ver como o Opala anda, ela nunca mais sequer mencionou o pobrezinho do 1.0...

Beijo pra minha Jo, e abraços ao Adauto!

segunda-feira, 1 de março de 2010

Gambiarras, parafusos espanados, dedos esfolados

Mas não os meus, e sim os do xará.

Semana passada, patroa trabalhando à noite, cheguei cedo (18h). Passemos, pois, no mecânico pra ver quando posso levar o Ogro lá, trocar as peças compradas:

- Pô, quer saber? Traz agora e a gente resolve.

Antes ele não tivesse dito isso... Não contava com as armadilhas escondidas naquele motor verde.

Recapitulando as peças a serem trocadas:

- Tampa do radiador
- Junta do coletor
- Hélice do ventilador
- Junta da tampa do tucho
- Pastilhas d'água

Carro no pátio, luzes acesas, peças à mão e mãos à obra pra desmontar as peças periféricas e chegar às pastilhas - eram o objetivo principal, pra tirar o vazamento de água. Desconectando mangueiras e cabos e... retirando o coletor.

Aí começou a coisa. Os parafusos, em sua maioria, ou estavam terrivelmente emperrados ou espanados, mesmo. Suadouro, mas saíram. E o pior foi quando se foi retirar o cano de escapamento: Deveriam ser duas porcas longas, tamanho 13. Encontramos duas porcas curtas, tamanho 17. A chave 17 não entrava no espaço disponível. No fim, um esforço conjunto: o Rogério alavancava o coletor pra cima, eu o segurava com um pano contra o bloco pra não escapar e o Eduardo desapertava as porcas com o alicate de pressão. Ah, esqueci: tudo isso com o motor MUITO quente (chegou até ali vazando água, e não podíamos esperar esfriar pra mexer).

E, quando a primeira porca saiu, a melhor notícia de todas: tinha mais duas porcas por baixo daquelas!! Haja palavrão pra amaldiçoar as gerações de quem gambiarrou aquilo tão medonhamente...

Finalmente, o coletor saiu. E o escape caiu. De verdade - o único ponto de fixação era no coletor, de resto ele estava balangando legal e ameaçando quebrar lá na frente.

Mais 5 minutos e as pastilhas d'água estavam trocadas. Comentário oportuno do Eduardo sobre o serviço - *%$@#... tanto esforço pra esse coletor não ficar nem 10 minutos fora do lugar!

Ele fez duas porcas novas, conferiu as roscas, colocamos tudo no lugar. No meio tempo, o Rogério trocou a hélice do ventilador (a velha estava realmente um caco). E um bônus: o esticador da correia do alternador estava trocado - na verdade, era um de direção hidráulica, colocado fora do lugar e invadindo um espaço que não lhe pertencia. Já irritado com tanta gambiarra, o Eduardo catou um modelo certo dele e trocou a coisa. Ficou do jeito certo, e, claro, bem mais simpático. Além, é claro, do maravilhoso pedal do acelerador, que veio incluído no pacote (pisar só naquele pininho é um inferno na terra).

No fim das contas, não deu tempo de mexer na tampa do motor, nem de colocar a panela do filtro de ar no lugar (eu já tinha comprado o filtro há tempos, mas deixei em casa). Como dever de casa, tenho que comprar: sensor de temperatura, válvula termostática, correia e mangueira inferior do radiador.

Maaaaaasss...

- Pô, cara, mas se eu fosse você eu fazia primeiro a suspensão. Enquanto você manobrava o carro pra dentro da oficina, eu ouvi uns barulhos muito feios, não sei o que é. Se você bobear o carro vai pro chão. Prepara o bolso.

Medo... Vamos ver quando eu consigo levar ele lá de novo, porque a grana tá curta.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

A baba do dragão

Saudações!

É, as coisas estão andando... falemos agora sobre a tinta do Ogro.

Na primeira vez em que o Eduardo viu o Ogro, chamou a atenção pra uma coisa que eu já tinha visto: os pára-choques e frisos das lanternas e faróis, que são originalmente cromados, estão pintados de preto. Com isso, mais a pintura escura e queimada, o carro fica com uma bruta cara de batmóvel de pobre, em dia de mau humor. Cromado é cromado, pô! Sobre isso, ele falou:

- Cara, vai a uma casa de tintas, compra uma lata de removedor pastoso e um pincel. Cata o carro num dia de sol quente, protege as partes que você não quiser que sejam atingidas (ex: lataria, faróis, piscas, sua pele... enfim, o básico) e manda removedor no resto. A tinta vai desprender e você retira com uma espátula, ou coisa assim.

E, um belo dia, lá fui eu. E sem dar toda a atenção àquela parte da minha pele. Maaaaaano... Titio Mefistófeles devia estar morrendo de rir da minha cara, porque eu experimentei o inferno em gotas de aplicação cutânea. Aquilo não pode ser invenção de Deus. Não mesmo. Portanto, crianças, fica a recomendação: se forem fazer isso em casa, proteção total para a cútis, olhos etc.

Mas, vamos às fotos:



Assim o bicho estava...



A luz está horrível, mas dá pra ver o podrão dando as caras por baixo da pintura, na seção lateral, bem como uma parte já sem tinta nenhuma e uma camada intermediária de tinta, por baixo da preta (essa, verde... quem foi que teve a ideia de pintar um pára-choque cromado na cor do carro?!)



Aqui, a coisa já está bem melhor: quase toda a tinta removida do lado direito do pára-choque... mostrando, inclusive, a pancada feia que algum antigo dono deve ter dado nessa ponta do carro)



Aqui, o antes e o depois na lanterna esquerda (como vocês podem ver, o removedor tirou até o cromado... além do mais, também não tomei muito cuidado com a lente da lanterna; como vou ter que trocar tudo mesmo, não enfartei)

Ficou bem melhor, no fim das contas; ainda falta uma parte do pára-choque e a lanterna direita. As duas luzes de ré e os frisos entre as duas já estão limpinhos, só não tenho fotos. Quando terminar todo o serviço na traseira posto mais coisa.

Só mais um detalhe: Dona Patroa ficou toda boba...

- Ah, melhorou muito, adorei. Eduardo, temos que consertar logo sse carro, quero sair por aí tirando onda!

Amplexos!

domingo, 21 de fevereiro de 2010

First things first

Opa!

Bem, estando as coisas entrando nos trilhos (já tenho o carro, quem faça ele pra mim, possibilidades de resolver aos poucos as mazelas dele), é hora de definir o que fazer e em que ordem.

Carro foi feito pra rodar

Esse é o meu lema. Não adianta ter um bólido lindo, maravilhoso, completamente restaurado e enfiar definitivamente numa garagem, sem uso. Pelo menos um bom passeio semanal você - e ele - merecem, após todo o trabalho que você vai ter. Isso, aliado ao fato de que esse é o meu único carro e vou ter que usá-lo todo dia e sem demora (pelo menos por enquanto, já que vou precisar de um sofredor pro dia-a-dia), me fez pensar da seguinte maneira: não posso e não vou desmantelar o carro todo agora. Me falta espaço, grana, outro carro e até estímulo - se eu o largar desmontado por muito tempo, posso perder o ânimo, e aí é adeus viola. Além do mais, a patroa quer ver o carro andar.

Conversei com o Eduardo e chegamos à seguinte conclusão: mexer primeiro no motor, depois parte elétrica e freios; enquanto isso, vou me virando em um jogo de pneus. Depois, dou uma guaribada na aparência dele, pra não passar vergonha e conseguir licenciar. Aí, e só aí, vou arregaçar mesmo as mangas e deixar o carro do meu jeito - e mesmo assim, por partes, ainda sem desmontar o carro todo de vez.

Motor



Bem, aí está ele; velho, sujo, bagunçado e cheio de trique-trique. A bateria? Tiro e deixo em casa. Nisso que dá não ter garagem em um bairro de reputação questionável: só assim os amigos do alheio não levam o carro nem afanam a bateria. Viram as áreas assinaladas? Pois é, a mangueira superior do radiador já está trocada, e a outra mangueira estava solta, o que me alterava a regulagem do carro e simplesmente matava o freio, brecar era sempre como tentar afundar uma pedra no chão com o pé. E pra melhorar, o motor nem é o original do carro, e sim, um 1979. Mas o prognóstico do Eduardo é bom:

- Cara, esse motor tá cansado, tem uns barulhos estranhos aí dentro... pode ser tucho, anéis de segmento... não sei, vamos abrir pra ver depois. Mas já vi coisas bem piores. Se você cuidar dele, roda pelo menos mais uns 100 mil km sem problemas. Mas o carburador eu tô achando que não tem jeito, se eu fosse você arranjava um DFV 228, porque esse Solex não vale muito a pena. Depois a gente vê.

Isso tudo ele falou na 2ª feira de carnaval, quando fui levar o carro pra ele regular, depois de eu já ter feito o serviço das mangueiras. Nesse dia, saí com a seguinte lista de compras:

- Jogo de pastilhas d'água (as 2 do bloco e as 2 do cabeçote);
- Junta do coletor de admissão / escape;
- Junta da tampa do tucho;
- Mangueira do respiro do óleo para o filtro de ar;
- Hélice do ventilador;
- Tampa do radiador.

Explicação: o carro ainda tá perdendo água feiamente, agora pelas pastilhas, e a tampa do radiador já morreu também; a hélice ainda é a de metal e tá toda torta; a mangueira do respiro simplesmente não existe; as juntas ele vai trocar, aproveitando pra ver se tem algo errado por cima. Depois disso, uma lavada geral pra caçar mais algum vazamento e deixar o bicho decente. Já vi preço de tampa do distribuidor, rotor, válvula termostática, jogo de velas e cabos de vela (o próximo grupo de coisa pra trocar).

Tudo comprado, guardado em casa, só falta marcar pra levar o Ogro pra oficina. Ufa!


O encontro

Fato digno de nota: Na última 5ª feira, fui conhecer o pessoal do Opala Clube - RJ, que se reúne semanalmente no posto BR em frente ao Guanabara de Vila Isabel. Vale dizer que o meu xará é membro. Ô, alegria!! Fui muitíssimo bem recebido, o clima foi de descontração do início ao fim, muita gente boa com seus carros de babar. Já virou programa de toda 5ª, e no próximo encontro a patroa vai junto.

Como meu celular não tem flash, as fotos saíram horríveis, mas ainda assim convido vocês a verem esses dois lindos cupês; o branco é um '77, e o dourado é um '72.




Quando eles atualizarem o site com as fotos, posto alguma coisa mais decente pra vocês.

Por enquanto é só; ainda falta contar minhas peripécias com a baba de dragão de Komodo, mas tá na hora de ir pra casa comer. Amplexos!