Segundo post do dia, pra agradecer ao Adauto, do Opala Adventure, pelo prestígio de acompanhar essas mal digitadas linhas e mais, me mencionar no blog dele. E, claro, pra contar a bendita história do Palio que ficou comigo por exatamente 20 dias.
Já vinha de um bom tempo a minha necessidade de ter um carro. A patroa trabalha até tarde, as mães dos dois estão mal de saúde, eu corro pra cima e pra baixo o dia todo; e, claro, a gente tem direito a um passeiozinho de vez em quando, né... Além do mais, desde moleque eu sou louco por coisas com motor e quatro rodas.
Já tive um Fiat Tipo, tentativa mal-sucedida que me rendeu problema do início ao fim e ainda me deixa preocupado - o carro tá financiado, na mão de terceiro mas no meu nome, e eu tenho que ficar acompanhando semanalmente se não pinta uma multa nova no meu prontuário até o novo dono terminar de pagar e passar pro nome dele, faltam uns 4 meses.
Final do ano passado, a gente queria porque queria passar o Natal em Araruama, levando a minha sogra e dois cunhados. Solução? Carro. Vai pra lá, vem pra cá, uma tia minha ajudou a financiar um Paliozinho EX 1.0 4 portas, com GNV, ar condicionado, e vidros e travas elétricas. Saí da loja com o carro no dia 11 de dezembro. Foi o encanto da patroa, paixão à primeira vista. Saiu caro, mas parecia atender ao que a gente precisava.
Só parecia. Já nos primeiros dias eu comecei a perceber uma tonelada de maquiagem no carro: falhas no motor, GNV desregulado, vários problemas elétricos e de acabamento etc. No segundo dia ele já me larga a pé em plena Lagoa Rodrigo de Freitas. Com exatamente uma semana, voltei à agência pedindo os reparos necessários, e depois de 5 dias vieram em três versões: ou simplesmente não foram feitos, ou foram mal-feitos, ou chegaram mesmo a piorar o estado do carro. Pra exemplificar, o vidro do carona subia mal, agora parou de vez; o espelho do carona tava emperrado, eles entupiram de WD-40, que escorreu na porta toda - e eles disseram que era procedimento padrão!!
Peguei o carro e, dando uma de joão-sem-braço, levei a uma concessionária da FIAT, com o seguinte caô:
- Vem cá, eu tô querendo comprar esse carro mas tô sentindo umas coisas estranhas nele, será que vocês poderiam levantar o que ele tem de problemas pra mim?
Resultado: o computador da injeção não respondia ao acesso do terminal da FIAT, o motor já tinha sido mexido, os barulhos que eu ouvia eram no cabeçote - provavelmente teria que fazer em pouco tempo. Conselho do pessoal da concessionária: "Ó, não compra esse carro não, porque vai ser só dor de cabeça". Pena que eu já tinha comprado...
Viajamos no Natal. O carro até que não parou na estrada, mas deu uns sustos: o mostrador do combustível morreu, a lateral direita ficou toda borrada de WD-40 (foi quando eu descobri a tramóia) e outras coisinhas assim. Sem contar, óbvio, o sofrimento que foi pegar a estrada de carro 1.0 cheio, rodando com GNV. No fim, aconselhado por uma amiga que conhecia a agência, decidi cancelar tudo.
Aí caiu a última gota: dia 30 de dezembro, eu estava na Linha Vermelha sentido centro, um pouco antes do Fundão - a caminho da agência, na Ilha, indo entregar o carro e cancelar o negócio. 80, 85 por hora, pista moderadamente cheia, pé imóvel no acelerador. De repente, sem explicação, o carro engasopa... E MORRE!!!
Frações de segundo, alerta ligado, desespero total. Um brilho forte no retrovisor me chama a atenção: um ônibus da Evanil piscando atrás de mim e crescendo rápido pra me estampar a traseira. Embreagem, terceira, aproveito o embalo que resta no carro e solto a embreagem pro carro dar um tranco feio e sair do aperto por um triz. Sério, vi o filminho da minha vida passar na minha frente. Se o ônibus me acertasse naquela velocidade, eu no mínimo ia rodar na pista e colher mais uma meia dúzia no caminho.
Já viu o estado de espírito em que eu estava quando cheguei à agência, né? Larguei o carro lá conseguindo não pular no pescoço de ninguém e vim embora, cheio de peso na mão e sem poder tirar da cabeça o que poderia ter acontecido se aquele tranco não vingasse e o Evanil me acertasse por trás.
Hoje, estou acionando a agência na justiça - eles estão tentando descontar os cheques emitidos pra pagar a transferência do carro e, pra piorar, o contrato nunca chegou a ser efetivado com a financeira. Vamos ver no que dá.
E é por isso que, a caminho do hospital no outro dia, Dona Jo me sai com essa: "Pô, Eduardo, o Palio não andava assim, não!!".
Só pra fechar com chave de ouro: lembram que eu falei da paixão da Jo pelo Palio? Pois é. Depois de ver como o Opala anda, ela nunca mais sequer mencionou o pobrezinho do 1.0...
Beijo pra minha Jo, e abraços ao Adauto!
Hot Wheels
Há 5 anos
meu camarada...tenho um problema parecidissimo com um Corsinha que comprei em uma agencia na Ilha....Por favor não me diga que se trata da merda AutoMais? se for nem me preocuparei e entrarei na justiça contra eles tb...
ResponderExcluirabraços e boa sorte..
a proposito o Corsinha me deu tanta aporrinhação que meus amigos o apelidaram de "Uruca"....
a proposito meu nome é Fabio..esposo da dona da cnta do Google
Olá, Fábio!
ResponderExcluirNão, infelizmente não foi na AutoMais, e sim na Cartoon - se fosse a mesma, poderíamos até pensar numa ação conjunta...
E o pior é que foi uma agência recomendada por uma tia minha, que compra carro com eles há anos, e por uma advogada que vive recomendando cliente pra eles... além de aguentar a minha ação, vão perder muito mais em prestígio e futuros clientes que não vão mais ser indicados pra lá.
É por essas e outras, meu caro, que quando o assunto é carro meu lema é "a galinha velha é que dá bom caldo!" Compra um Opala e a sua vida vai ser mais feliz, kkkkk
Abraços, e boa sorte!!