Era uma vez um moleque gordo que cresceu dentro de um Opala e ficou marcado por isso pelo resto da vida...

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Algo se move na escuridão...

Um coração foi encontrado. E restaurado. Suas válvulas, substituídas. As quatro cavidades, limpas e prontas para bombear. Sua cor? Vermelho. Ele está armazenado, aguardando o momento do transplante. E este momento está chegando...

sábado, 29 de outubro de 2011

Ainda por aqui? Então aguarde mudanças

Olás aos (quantos? Dois?) que continuam visitando o blog do Opaleiro Louco. Quem vos escreve é o próprio, para dizer que continua vivo, sem grana e - talvez insana e desesperançadamente - apegado ao Ogro (O Opala 73 descaracterizadamente verde escuro que vocês vêem no post anterior, sem vidro dianteiro devido a uma brincadeira de criança e à irresponsabilidade do pai dela).

Sobre o Ogro, aliás, atualizo: não há atualizações. O pobre continua na rua, na frente da casa da senhora minha mãe, sem vidro, precisando de um carburador, velas e cabos de velas, um kit de embreagem e (de preferência) uma caixa de marchas nova pra se mexer. Se bem que, na emergência, a caixa de marcha seria até dispensável, pois a que está nele ainda consegue fazer o bicho andar. A embreagem e que está ruinzinha mesmo, cantando ferro com ferro toda vez que eu piso no pedal. Isto é, pisava, pois com o carburador morto como está ele nem pega mais.

Ah, sim, existe uma atualização afinal de contas (se bem que seria melhor se fosse uma atualização boa): sabem a cobertura porca do pára-brisas, que eu fiz no último post? Pois é. O tempo destruiu o plástico e algum cracudo roubou os papelões (a senhora minha mãe me avisou ontem. Vou lá daqui a pouco pra avaliar o estrago, e ver se o bendito não resolveu levar mais alguma coisa no processo).

Agora, atualizações da vida em geral: o Brava rodou mesmo (ainda estou tentando resolver isso, mas pra minha mão ele não volta mais - quando tudo for resolvido eu conto a história toda), e no lugar dele agora está o Sapinho, um fusca 1975 azul 1300 que está implorando por um dono. Está conosco há alguns meses, e o nome também foi escolhido pela Patroa. O bichinho está mal e precisa ser apropriadamente documentado, mas é quem supre nossos apertos de locomoção para pequenas-médias distâncias (fazer compras ou levar a patroa até o ponto de ônibus, por exemplo). Se ficarmos com ele - e isso ainda está para ser resolvido - vai passar por uma geral lenta, mas de respeito, e perder a pintura escura, metálica e muito desgastada, pra virar "azul-diamante", tinta código L50BR, vulgo "azul-calcinha". A história dele é outra a ser contada com detalhes e fotos.

Ah, o ponto alto das alegrias: agora sou um jovem senhor oficialmente casado (desde junho, aliás), e com um herdeiro(a) a caminho. Como é bem recente, ainda não sabemos o sexo, e é provável que optemos mesmo pela surpresa.

Responsabilidades? Sim, com certeza. Gastos adicionais? Ô! A começar por uma casa maior e um aluguel mais caro (ainda por encontrar) e muitas, muitas fraldas e coisinhas de grávida e bebê a serem compradas. O que me faz pensar em maneiras de ganhar mais dinheiro. Afinal, vendedor de livraria não é a profissão mais bem-remunerada da Terra, especialmente aqui na República das Bananas.

Casa, mudança, filho(a), dois carros pra consertar e um salário de vendedor de loja. Isso porque não falar de alguns problemas bem cabeludos. Entendeu a parte do "Louco" no título do blog?

Blog. Pois é. Venho mantendo este diário há bem mais de um ano, aos trancos e barrancos, pois não tenho tido muito tempo nem muito assunto pra postar, já que a grana pra fazer o Ogro é curta. Mas... O que mais tem por aí é gente ganhando dinheiro com blogs, então por que não fazer o mesmo com esse? Mais dedicação, material interessante e alguns anúncios (sim, os inevitáveis) e acho que dá pra ajudar na reforma do Ogro com o próprio blog.

Pois bem. Com esse pensamento, decidi procurar boas dicas pra ganhar grana pela internet, fazer o blog funcionar como um captador de recursos. Achei algumas ridículas, outras perigosas (cuidado, gente, façam uma consulta a São Google antes de colocar seus dados em qualquer site - se for fraude, vai ter um monte de gente que já caiu nessa antes de você e vai alertar pela internet). Algumas são interessantes, e vou tentar.

Por isso, além da minha história e dos causos com o Ogro, a partir de agora vão surgir mais algumas coisas no blog: os bons(?) e velhos anúncios - colaborem clicando, pleeeease - , minhas aventuras e desventuras com o Sapinho (que vai ser meu presente pra Patroa) e material automotivo interessante que eu encontrar por aí. Tudo pra fazer o blog mais interessante pros leitores e ajudar a bancar as despesas. Afinal, só os dois carros somam OITO BOCAS pra alimentar, hehehe...

Bem, por hoje é só. Aguardem, não demoro tanto pra voltar quanto das outras vezes.

Abraço!

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Vandalismo

Como remendar porcamente o vidro do seu carro, em algumas lições práticas.

Se algum dia você estiver em uma curta viagem de fim-de-semana e a sua irmã lhe telefonar desesperada, dizendo que uma criança arremessou uma pedra contra o pára-brisa do seu Opala 1973, sem que ninguém se identificasse como o pai do monstrinho para assumir o prejuízo, eis um modo prático de resolver o problema. Você vai precisar de:
- 1 corda para varal de nylon, vendida em mercados - de preferência de uma cor parecida com a do carro, para não ficar cafona;
- algumas caixas de papelão;
- sacos plásticos (dois, se forem bem grandes), se possível, também de uma cor semelhante à do veículo - favelize, mas com estilo;
- fita adesiva transparente larga.

Modo de fazer:
1) Analise o tamanho do estrago.
De Vidro quebrado

De Vidro quebrado


2) Remova os estilhaços e inicie o processo de construção, com a cordinha de varal, de uma tela que suporte o papelão das caixas.
De Vidro quebrado

De Vidro quebrado


3) Aqui, a teia de corda já pronta.
De Vidro quebrado


4)Arrume apropriadamente as caixas de papelão desmontadas, de modo a cobrir uma área maior que o do vidro. Se puder, encaixe a primeira camada por sob o teto, e a segunda sobre ele, para impedir a entrada de água da chuva que COM CERTEZA vai cair, mesmo depois de dois meses de estio. Prenda tudo com a fita adesiva.
De Vidro quebrado

De Vidro quebrado


5) Abra os sacos plásticos e estenda-os sobre o conjunto, prendendo novamente com fita. Afinal, a pintura que se dane mesmo...
De Vidro quebrado


6) Aproveite para conferir mais algumas mazelas daquele que você comprou para ser o seu carro de estimação.
De Vidro quebrado

Era uma vez um vidro...

De Vidro quebrado

A borracha estava inteira... snif

De Vidro quebrado

Um primor em instalações elétricas

De Vidro quebrado

Os fuzíuvo

De Vidro quebrado

Ô, coisinha tão bonitinha do pai...

De Vidro quebrado

Mais um pouco e vai virar o carro do Fred Flintstone: Fé em D'us e pé... no chão!
De Vidro quebrado

Mais ferrugem no fundo da porta...

De Vidro quebrado

Ou é mais porta na ferrugem?

De Vidro quebrado

O que tem mais: camadas de ferrugem ou camadas de tinta mal-aplicada?

Pois é... Quem foi que disse que não podia piorar?

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Frustração inominável

Ahá!!! Acharam que eu tinha sumido, né? Pois é... quase. Mas ainda não. Cá estou eu, de volta à lida e às dificuldades de quem tem muito projeto e pouca grana.

Quinta-feira, hora do almoço, passo em frente à oficina do xará a caminho da casa da Dona Mãe, vejo a sucata de um cupê 80 depenado. Cheiro de oportunidade... Vou fuçar:

- E aí, qual é a do pobre lá fora? Já limparam?

- É, tá indo embora amanhã.

- Alguma coisa que dê pra aproveitar pro meu? A parede corta-fogo tá "marromeno"... As longarinas, que tal?

- Ih, vale a pena não, apodreceram; mas a corta-fogo até que dá.

Papo vai, papo vem, acabo descobrindo uma Caravan com as longarinas inteiras, também indo embora. Era só conseguir os discos de corte pra máquina, meter a mão na massa, e... voilá! Um par de longarinas de presente (e, talvez, a parede corta-fogo do 80...)

- Mas ó, o cara vem buscar os dois no sábado de manhã, melhor agir rápido. - Marquei pra hoje, sexta-feira depois do almoço, e saí de lá eufórico.

Tudo muito bom, tudo muito bem. Hoje, antes de ir a São Cristóvão comprar os discos, passo lá pra ver quanto tempo o Eduardo achava que eu devia levar pra cortar tudo - afinal, às 18h eu tinha que chegar limpinho e arrumado ao trabalho.

Viro a esquina da rua dele e vejo... dois grandes retângulos de ferrugem, onde antes estavam os carros. E mais nada.

Segurando o queixo na mão, entro na oficina e pergunto o que houve, só pra receber a triste notícia: o cara do reboque (aquele bendito que tinha marcado de passar no sábado) achou por bem de aparecer lá um dia antes, sem avisar!! Sério, só de pensar nas minhas longarinas intactas, sem um podre, sendo retorcidas na garra do compactador... deu vontade de sentar no chão e chorar. Pelo desperdício, pela expectativa, pela correria (desmarquei compromissos, pedi o cartão de crédito emprestado pra noiva, fiz o diabo). Pois é. Shit happens. E Murphy rola de rir da nossa cara todas as vezes.

Saí de lá com a promessa de ser avisado dos próximos carros que chegarem, pra dar uma olhada nas partes que puderem ser transplantadas pro Ogro. Mas a perda doeu, e o desânimo marcou uma cesta de três pontos.

Há mais novidades, mas o tempo acabou. Hasta la vista, babies.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Nota de luto

Caros,

Após alguns minutos de alegria lendo o comentário do Christian (e respondendo ao mesmo), hora de falar de coisas tristes: acabo de saber da morte de um primo meu lá em Friburgo; após salvar a esposa e o filho, foi ajudar um vizinho e acabou soterrado. A irmã do meu melhor amigo está, neste momento, num CTI aqui no Rio - conseguiu a transferência para cá, já que o Hospital Raul Sertã (de NF) está superlotado e com lama até onde pode. Ainda estamos na expectativa do que vai acontecer com ela. Ainda faltam notícias de familiares meus por lá, com quem não conseguimos nos comunicar.

Estes são só alguns indivíduos na multidão de mortos e feridos de uma cidade que está imersa no caos. Como exemplo, serve o caso de um casal que veio transferido junto com a Mariana para o hospital do Rio: o marido não trocava de roupa há três dias, porque não tinha outra para vestir: perdeu tudo. Mesmo.

As comunicações estão, aos poucos, sendo restabelecidas, mas ainda há bairros inteiros sem acesso - e o bairro em que eu cresci é um deles. Sei que todos já sabem disso pelos noticiários, mas optei por escrever aqui por alguns motivos: desabafo pessoal, relato de alguém que está sentindo bem de perto os efeitos da tragédia, e uma voz a mais pedindo ajuda para os feridos e desabrigados. Por favor, ajudem. Os postos de coleta estão aí. Não adianta se preocupar com Timor, Haiti ou outras tragédias longínquas, quando a menos de 200km de nós tem gente morrendo na maior tragédia da história do país.

Não sei quantos acreditam, mas peço a estes que orem, rezem, entoem mantras ou pensem positivamente. Dizem que o Universo ajuda, e eu acredito.

Over and out.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Mea massima culpa

Ok, ok, a falha é minha mesmo. Muita coisa aconteceu, e pouco tempo restou pra escrever. Dio foi embora (estou desBRAVAdo, hehehe), as etapas pro casório se completam e esse mês (sim, finalmente!!) começo a fazer o motor novo do Ogro. Cabeçote à vista! Fiquemos todos felizes por meu xará não ter despejado o 4 canecos da oficina por falta de atividade minha...

Existe também a possibilidade (além da necessidade extrema) de botar o véio motor pra funfar, pelo menos o básico - já que nem isso ele tem feito. Sem carro pra bater, a única coisa que me resta é explorar o verdão mesmo... :/

Aguardem (mais um pouco) e confiem!

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Dio è nato




Ei-lo! O estranho no ninho! Após um bom tempo gasto com escolha, financiamento, liberação, compra e reparos iniciais, finalmente o bichinho está nas minhas mãos. Bichinho, não, pera lá: o danado é um bichão. Pelo menos pra mim, que adorei dirigi-lo. Macio, confortável, espaçoso como bom FIAT que é (sempre tirei o chapéu pra italiana no quesito planejamento de espaço) e andão que dá gosto.

Não vou me delongar, depois conto a história toda. Só pra dizer que, nessa primeira semana que passei com ele (peguei na 6a passada) já fiz quase 600 km no bruto e me deliciei. Claro, tem coisa de acabamento pra fazer (7 anos num carro são coisa), mas resolve-se. O principal está bom, e isso é o que importa. Ônibus, ciao-ciao...

P.S.: A escolha do nome foi óbvia, não?