Era uma vez um moleque gordo que cresceu dentro de um Opala e ficou marcado por isso pelo resto da vida...

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Era uma vez


Era uma vez um moleque gordo que cresceu dentro de um Opala e ficou marcado por isso pelo resto da vida...
É, povo, esse aí sou eu com um ano e pouquinho (o elefante na fralda condiz com o porte da creonça), na Quinta da Boa Vista - RJ, tirando onda dentro do cupezão 1980 do meu pai. Pois é, o culpado de por todos esses meus anos de opalomania é ele, o véio Souza! Até os meus cinco ou seis anos de idade, esse foi o carro principal dele, e vez por outra eu tinha a felicidade de fazer o trajeto Friburgo-Rio-Friburgo naquelas nababescas acomodações que todo mundo insiste em chamar de "banco de trás".
Nessa hora eu lembro de um comercial do Civic em que um guri viaja no banco de trás, toda hora perguntando ao pai se falta muito e reclamando quando finalmente chega ao destino... 25 anos atrás, esse era eu - e a paixão insiste em me fazer dizer que ainda prefiro o Opala.
O carro foi roubado, ficou a saudade. Del Reys, Monzas, Apollos e outros nunca chegaram aos pés do compridão caramelo. Ter outro Opala sempre foi o sonho do seu Souza, e comprar o primeiro sempre foi o meu.
Viram? A paixão começou cedo... De lá pra cá, eu até reconheci e reconheço a necessidade de se ter um carrinho pequeno, prático e econômico, pra andar no trânsito pesado e estacionar com facilidade, entre outras coisinhas. Mas o coração sempre bateu mais forte quando chegava perto de um carrão grande, vistoso... E, mais ainda, quando era o motorzão de um Opala que roncava por perto. Sempre estiquei o pescoço.
Já grandinho, me deparei com a página do Opala do Best Cars Web Site. Foi a festa! Nunca tinha visto tanta informação junta sobre a minha paixão. Desandei a procurar informação sobre ele na web, freqüentei sites de clubes - mas nunca me filiei a nenhum; afinal, se eu não tinha carro, como entrar pra um clube de donos? Tristeza, tristeza...
Mas pelo menos pra duas coisas essas minhas andanças me serviram: me instruí muito e, vendo fotos das diferentes versões de Opala, me decidi: meus preferidos eram os anteriores a 1974. Frente linda, traseira mais ainda. :P
Bom, gente, hora de trabalhar. Depois eu conto como foi que eu achei meu dinossauro. Inté.

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